quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Algumas apresentações

        Sabe aquele dia do ano que você resolve organizar toda a bagunça que seu computador se tornou? Esse dia também chegou pra mim, e eu vi que muitas coisas provavelmente nunca mais serão usadas.
        Pensei, entretanto, que algum material pode ser compartilhado e aqui estou disponibilizando algumas apresentações realizadas por mim e meu grupo.
        Como esses slides tinham o objetivo de auxiliar-nos, não trazem uma revisão bibliográfica completa, mas são um complemento interessante ao que já está disponível na Internet.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Última entrevista - rumo a São Paulo

        Depois da entrevista com a Graciela e de tudo isso que eu escrevi no post anterior, recebi um telefonema dela mesma, dizendo que acreditava que eu tinha perfil pra trabalhar em Supply e tal, e se eu podia fazer uma entrevista em São Paulo com o Fabiano no outro dia. Juro que eu pensei: de novo? Mas não tinha como dizer não, até porque eu estava pensando que deveria ter me candidatado pra São Paulo ao invés de Poços naquele mesmo dia, mas o que pesava nessa decisão também era custo: muito menor em Poços.
        Na entrevista com a Graciela eu me achei super ultra weird e nem eu mesma me contrataria, até agora estou pensando como ela achou que tenho perfil. Não que eu não tenha, mas é que estava estranha naquela hora específica e ali eu não tinha (na minha opinião).
        Com todos os meus questionamentos lá fui eu pra Av. Paulista, aguardando a 5º entrevista na Danone. Gente, acho que se tivesse outra eu pirava, eu ia lógico (sonho é sonho e ponto final), mas ia com o pé atrás, rsrsrs. Depois de alguns minutos de espera, lá vem o Fabiano. Mas o que aconteceu? O chefe dele chegou e ele pediu pra eu esperar mais um pouco. Ótimo: fiquei observando as pessoas trabalharem e achei, no belo palavreado do interior paulista, mor legal!
        A entrevista foi muito longa, mas é que o Fabiano faz umas perguntas que são difíceis de responder, como: se você fosse alguém famoso (ou outra pessoa) quem você seria? Não era alguém que eu admirava, era alguém que eu gostaria de ser. Que difícil, acho que se fosse pesar bem, demoraria meses pra tentar chegar próximo a uma resposta. Mas disse que seria o Andrew Lippman. O que? Você fez cara de X?? Eu também faria se não tivesse assistido dias antes uma entrevista com ele no Management TV. Ele é o fundador do Media Lab do MIT e suas idéias são muito legais, seu modo de pensar diferente é inspirador e escolhi ser ele.
        Quando achava que não mais teria chance de levar bota no processo, o Fabiano me disse que tinha entrevistado 10 pessoas por aqueles dias e que ainda teriam pessoas cortadas: buáaaaaaaaaa. Pirei de novo, mas pela primeira vez não quis voltar e mudar tudo na entrevista, hora de voltar pra casa.
        Rodoviária lotada, com certeza eu sai em algum jornal, porque me filmaram na fila várias vezes, 45 minutos em pé pra comprar uma passagem pra Americana, calor quase insuportável e até aquela hora, 13h, sem comer nada.
        Comprei um ovomaltine médio no Bob´s (hummmmm) e ele é grande pra mim sozinha. Esqueci por minutos o processo da Danone. Quis dividir com um menino que estava com sua avó comprando passagem na mesma empresa que eu, mas como encontrar aquele menino com sua avó na rodoviária lotada do Tietê? Ele me encontrou, rsrsrs, e quis o Ovomaltine. Provavelmente, o primeiro que ele tomou. Pensei nas crianças brasileiras que estão marginalizadas, vi um futuro não muito bom pra ele (que acho nem sabe ler, assim como sua avó que me pediu pra escrever seu nome e RG na passagem), quis mudar o Brasil mais uma vez.
        Momento de reflexão à parte, saindo da Marginal Tietê, o celular toca. Era a Graciela, fez algumas perguntas, a ligação caiu, ela retornou e disse que eu iria trabalhar em São Paulo com o Fabiano. Não fiz nada, não chorei, não gritei (tinha gente que só dormindo no ônibus), nem acreditei. Na verdade, achei que era bem capaz ainda me ligarem marcando outra entrevista. Eu ainda não tinha certeza se aquela era a aprovação definitiva. Mas o celular tocou novamente, era do RH pra confirmar e falar da documentação: PASSEI!
        Ainda não caiu a ficha, de verdade, o que eu tanto esperava e que era tão impossível (disseram na Across que foram mais de 24 mil inscritos e eu sei que não tenho super diferenciais acadêmicos), aconteceu. Durante esses meses, eu sonhei várias vezes que tinha passado e que me ligavam pra contar. Aí, me ligaram mesmo, mas ainda assim, sonhei hoje de novo que me ligavam, acordei super cedo e com a casa inteira dormindo, vim escrever e reafirmar que acreditar é o primeiro passo pra toda conquista. Em 2004, a Folha do Poli me disse isso, em 2005 a aprovação no vestibular reafirmou e hoje tenho mais uma confirmação de que valeu a pena sonhar!
        Fico por aqui desejando um Feliz Natal!


terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Poços de Caldas - again

        Tive mais uma entrevista lá na Danone. Conforme já falei, até agora eu estava no processo pra área de Compras. Mas, hoje, fui entrevistada pela Graciela, de Supply Chain.
O grande motivo pra eu ter me inscrito na Danone foi uma palestra ministrada por ela sobre Planejamento e Controle de Produção e Gestão da Cadeia de Suprimentos na FZEA.

        Assim, quando soube que seria entrevistada por ela, fiquei tranquila e contente também. O problema é que eu não estava bem hoje, não sei se era físico ou psicológico, mas não estava bem. Eu queria ter perguntado um monte de coisas, mas na hora nada. Putz, que raiva!


        Infelizmente, esse sentimento é o que está aflorado em relação à mim na entrevista de hoje. Novamente, não posso voltar no tempo e me mudar, e olha que eu percebi isso na hora e tentei me concentrar mais, pensar em algo diferente e até agir diferente. Mas, forçado num dá certo e não deu, não consegui ser eu mesma do jeito mais frequente e isso não teve influência da entrevistadora.  Se ela fosse chata, cara fechada, brava, sei lá, eu poderia até pensar que era culpa dela. Mas, ela não é nada disso. Na verdade, eu admirava ela por causa da palestra e agora, o faço mais ainda.
        A Graciela tem um jeito de falar tão legal, acho ela até engraçada (no bom sentido), mostrando as vagas, falando que eu posso ser dona de um CD se estiver lá todo dia, hahahaah, misturando palavras do inglês como: aí você faz um follow up, esse não é o core da Danone, no deploy você faz isso, não adianta você querer trabalhar com P&D na L´Occitane no Brasil se tudo é fabricado na França, é melhor você ir pra Natura, se sua paixão é IT vá pra IBM e mais um monte de coisas que eu nunca tinha ouvido em uma entrevista.
        Confesso que quando ela falou da L´Occitane eu fiz cara de X??? Tudo bem, quando eu peço suco de coco, as pessoas também fazem cara de X??? e dão risada, achando que eu quis dizer água de coco. Ai ai ai. Pelo menos, deu pra entender, rsrs.
        Eu sei que esse blog tá meio pessoal demais, mas... tinha que desabafar!

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

UMA NOVA COLABORADORA

Olá a todos!!!!!! É com grande satisfação e honra que aceito o seu convite para ser uma colaboradora do Blog entitulado de A Engenharia e Eu. Espero contribuir positivamente com o mesmo e principalmente cumprir com o principal objetivo do Blog, que é divulgar o curso de Engenharia de Alimentos (ao mesmo tempo em que buscamos compartilhar com todos as nossas dificuldades/experiências vivenciadas durante a graduação bem como promover uma discussão acerca do curso).
Foi um período que reserva dentro de si: grandes aprendizados (teórico e prático), momentos inesquecíveis, sonhos, horas de estudos, algumas festas, aulas, a distância dos pais/amigos/familiares e principalmente amizades que ficarão para sempre!!!!!

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Uma boa surpresa - from Ceará


Ao acessar o blog do pessoal da Engenharia de Alimentos da UFC (Federal do Ceará) tive uma boa surpresa hoje. O Rafael Zambelli fez um post sobre as dificuldades da Engenharia de Alimentos, seguindo uma sugestão minha.
Lendo-o, verifiquei que as dificuldades enfrentadas são praticamente as mesmas. Algo diferente, é que lá eles também são confundidos com profissionais de gastronomia, o que, pelo menos até agora, não verifiquei por aqui. A confusão maior por aqui é com a Nutrição mesmo.
Acredito que isso possa acontecer por Fortaleza ser uma cidade turística, gerando na mente das pessoas a idéia de formação para atender diretamente esse mercado, como o de Chefs para os seus muitos (e maravilhosos) restaurantes (cearenses, me corrijam se essa idéia estiver muito equivocada).
Uma medida interessante pra reverter essa confusão são as palestras que eles ministram por lá, esclarecendo o pessoal. E, sei que há muito a ser feito, mas com medidas pequenas, como blogs e palestras, vamos informando e divulgando nossa área.
Não deixe de ler o post do Rafael que é bem elucidativo pra quem quer saber mais sobre nossa atuação!
Abraços!

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Nova cara do blog

Oi pessoal! Primeiro, quero pedir desculpas porque faz um tempo que não posto nada. Tudo isso devido à algo que todos nós, estudantes, conhecemos: PROVA!
Já estou de férias e com certeza o blog terá muitas novidades nesse período. Já comecei com o template: o que vocês acharam da nova carinha do blog? Melhorou?
Em relação à Danone, não tive nenhuma resposta ainda. Estou ansiosa e acho que dessa semana não passa. Pra quem ainda não sabe, tive que fazer outra entrevista, semana passada, com uma gerente da parte de Análise de Mercado do DAL.
Assim que eu souber de algo dou o feedback pra vocês!
Aguadem novidades!

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

A grade curricular - de um jeito bem informal



         Eu estava pensando em escrever sobre a grade curricular da Engenharia de Alimentos (FZEA-USP), abordando as disciplinas que nos são ministradas e a influência das mesmas na nossa formação. É lógico que eu reconheço a importância da maioria dessas disciplinas, mas algumas deixam uma pergunta inevitável no ar: pra quê estudar isso se eu acho que nunca vou usar?
         Foi aí que lendo a introdução do livro Rich Dad, Poor Dad vi que essa é uma pergunta geral e que também é feita por jovens norte-americanos. A resposta dada por Robert Kiyosaki chega a ser dura quando diz: as crianças passam anos em um sistema educacional antiquado, estudando algumas coisas que nunca vão usar.
         É lógico que não sou mais criança, mas outras partes dessa introdução mostram que esse é um problema enfrentado na universidade também. Quem sou eu pra falar do sistema educacional brasileiro, mas posso dizer que em várias situações eu pensei: isso é decoreba, a educação tem que mudar.
         Momento de reflexão à parte, vou falar resumidamente sobre as disciplinas e o que eu consegui enxergar de útil nelas, seja pra utilização prática ou apenas desenvolvimento do raciocínio lógico necessário aos engenheiros, que serão em grande parte, solucionadores de problemas. 
          A Fzea disponibiliza a grade curricular em seu site, com o período ideal e carga horária das disciplinas. Quem quiser acessar a grade da última turma que entrou (2009) é só clicar AQUI!
         É lógico que eu não vou falar de cada uma das disciplinas individualmente, mas posso responder dúvidas específicas se alguém tiver. Vou destacar as maiores dificuldades e aquelas disciplinas que o nome em si fala muito pouco pra quem nunca viu o assunto.
         O primeiro semestre foi o mais esquisito pra mim. Ali eu me dei conta que Engenharia de Alimentos é realmente uma área Exata e Cálculo I tem o maior pedaço da carga horária. A disciplina em si não é difícil, mas a falta de aplicação vista por quem acabou de chegar na faculdade é cruel. Entretanto, acredite, é talvez a única disciplina que nos acompanha os cinco anos e tem sua utilidade.
         No primeiro semestre sempre questionamos se era esse o curso certo, mas Introdução à Engenharia de Alimentos responde um pouco da dúvida. Ainda que não seja a disciplina mais legal do curso, é a primeira a falar sobre a atividade do engenheiro de alimentos em si e ali você já pode imaginar se vai querer seguir aquilo ou não.
          Os cálculos, físicas, químicas, bioquímicas e microbiologias de uma maneira geral continuam nos acompanhando, mas é no quarto semestre que começa, ainda que suavemente, uma mudança. Nesse semestre temos “Química dos Alimentos” e “Higiene Industrial e Legislação” que começam a nos apresentar a indústria de alimentos. Daí pra frente as coisas tendem a melhorar, rsrsrsrs.
      Chegam os Fenômenos de Transportes. E eu também me perguntava se estava relacionado com caminhão, estrada, logística, hahahaha. Não tem nada a ver. Na verdade os FTs (como chamamos) estudam o transporte de quantidade de movimento (FT1, semelhante à Mecânica dos Fluidos em outras faculdades), energia (FT2) e massa (FT3). 
       Os fenômenos de transporte são mais conceituais e esses conceitos são aplicados nas Operações Unitárias, que em geral, trazem o dimensionamento de equipamentos da indústria de alimentos. Pode até parecer estranho, mas pense, como projetar um pasteurizador sem entender a transferência de calor? Não tem como. Assim, somados, esses conceitos nos ajudam a entender e dimensionar as bombas de sucção e recalque, tubulações, agitadores, filtros, evaporadores, pasteurizadores, destiladores, secadores e por aí vai.
Sem dúvida, dentre as disciplinas exatas, as Operações Unitárias foram as mais legais pra mim.
       Ah, no meio do caminho também temos Termodinâmica, que é uma disciplina muito interessante (eu gosto, tudo bem, é uma opinião tendenciosa), mas que é muito abstrata à princípio e por isso é difícil.
      Eu acabei não seguindo uma ordem linear com as disciplinas, mas foi assim que meu pensamento foi organizado e continuo no vai e vem, até porque todos os semestres fazem isso na nossa memória.
     Temos as disciplinas de laboratório também, como Química Analítica, Físico-química dos Alimentos, Análise de Alimentos (I e II), Análise Sensorial, que como dizem os nomes envolvem análises mesmo. Seja de pH, acidez titulável, composição (proteínas, umidade, carboidratos, lipídeos...), concentração de alguma coisa (como corante em refresco em pó ou sódio em sopa pronta) até a Análise Sensorial que tenta entender a percepção do consumidor em relação à determinada característica, claro que pra isso tem análise estatística envolvida, mas é bem tranquila.
       Já chegando no fim do curso temos as Tecnologias. Eita fase boa. As tecnologias também envolvem análises específicas pra determinar a qualidade da matéria-prima. Afinal, não tem como processar uma matéria-prima ruim e chegar num produto final excelente (ouvimos isso SEMPRE).
       Analisamos possíveis fraudes no leite, por exemplo. Fazemos iogurtes, queijos, sorvete, creme de leite, vemos abate de animais (quem não gosta, não precisa assistir) e desossa, fazemos nuggets, linguiças, hambúrgueres, limpamos peixes e avaliamos sua qualidade por meio de padrões já determinados (isso fede), salgamos, desitratamos, defumamos e fazemos muitas coisas legais.
Ah, uma coisa que não falei, é que também temos disciplinas como Gestão Industrial e Distribuição de Alimentos que contribuem muito pra entendermos Marketing, Logística e termos uma visão sistêmica da cadeia de alimentos e que tudo isso é contemplado com as disciplinas Planejamento e Projetos I e II, em que desenvolvemos uma empresa e um produto inovador, analisando o mercado, o consumo, a viabilidade econômica, dimensionando câmaras frigoríficas, gastos energéticos, cotando equipamentos, avaliando rendimentos, escolhendo a cidade, determinando o número de empregados, os salários e muito mais. Resumindo, isso dá um trabalhão e é coroado com a apresentação final pra uma banca de professores, que em geral, reconhecem a nossa “evolução acadêmica”.
          Como eu não fazia idéia das disciplinas quando entrei na faculdade, acho que uma visão simples e prática pode ajudar os "duvidandos" a definirem se gostam ou não desse área.
          Posso dizer, por experiência pessoal, que o começo é chato e que o desistir às vezes bate na caixola, mas que a melhor coisa que fiz foi não abandonar o curso. Os momentos que passei, os choros com notas baixas e alegrias com os raros 10, as amizades únicas e especiais, o morar em república e a saudade de casa, todo o aprendizado acadêmico e pessoal me fazem ter a certeza que fiz a escolha certa e mais desafiante pra quem sempre pensou em fazer HUMANAS, e por isso, mais gostosa.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Recepcionando Miss Uto (haha)

É com grande alegria que hoje recebo uma colaboradora, a Fer, para escrever esse blog. Ela gosta, tem facilidade pra expressar suas idéias e tornou-se uma grande amiga nesses 5 anos. Anos esses que representam sonhos, estudos, aulas, mais aulas juntas e muitos momentos divertidos.
Ah, como é difícil ela colocar uma fotinha no perfil, aqui vai uma tirada na viagem mais planejada até seu acontecimento, a “tchurma” em Boracéia.



quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Danone Parte II - Entrevista com RH

Passaram-se 24 horas e lá voltei eu pra Poços de Caldas, pra participar da entrevista com a P.B., do RH da Danone. Como já era esperado, por mim mesma, o nervosismo estava super aflorado e esse nervosismo causou em mim uma espontaneidade exacerbada. Resumindo, acabei falando mais do que devia, tive "brancos" e em algumas situações não completei meu raciocínio.

Quem me conhece, sabe que isso é algo muito incomum. Mas, é como eu digo, quanto mais você quer algo, maior o nervosismo. A entrevistadora era muito legal e conduziu a entrevista de uma maneira bastante tranquila, quem ficou nervosa à toa fui eu mesma.

Diferentemente do que já ouvi falar, não fizeram perguntas sobre meus defeitos, qualidades, minha relação com a família, o que eu gosto de fazer etc. Ela perguntou sobre o processo, se eu tinha gostado de mim mesma e, acredite ou não, questões relacionadas. Tudo que a gente sai e fica pensando, martelando e tentando voltar o tempo pra modificar uma atitude ou outra que saiu diferente do esperado, que resultou em um duplo sentido etc.

Devo ser sincera ao dizer que desde o dia 14 (que fiz a dinâmica e entrevista coletiva) tenho pensado no que fiz, o que poderia melhorar e o porquê de ter passado pra outra fase. Algumas respostas surgem, outras ficam ocultas e a cada dia só aumentam as minhas próprias perguntas sobre mim mesma.

A cada segundo eu quero voltar no tempo, fazer tudo novamente, falar de um jeito melhor aquilo que está dentro de mim de verdade, mas isso é impossível. O que tinha que ser já foi e agora eu fico esperando e controlando a expectativa. E sobre isso, aconteceu algo interessante. A P.B. disse pra eu controlar a ansiedade e expectativa em relação à resposta e eu disse: “there´s no way” e ela disse, “there´s a way”.

Fiquei pensando horas e mais horas, dizendo pra mim mesma que não poderia ter dito isso, que passei uma visão de ansiedade até prejudicial. Mas essa madrugada, ao tentar voltar no tempo e mudar essa frase, pensei que deveria ter perguntado qual era esse “way”, porque a verdade é que meu coração está na boca, meu pensamento está nisso e eu estou sim fazendo várias outras coisas, mas nem cogito sair sem meu celular.

É isso, sei que esse post não foi tão informativo quanto poderia ou deveria ser, mas encare como um desabafo. Quando souber o resultado, eu posto aqui e compartilho o feedback.



Entrevista Danone - Parte I

Ontem, dia 24, lá fui eu na Danone (Poços de Caldas) pra entrevista com os gerentes  da área e eu amei. Amei tudo, amei a vaga, amei o lugar e amei mais ainda a Danone. Fui encaminhada para o DAL, um departamento que cuida da parte de compra de leite. Lá, me falaram sobre as duas vagas disponíveis e acho que isso é interessante, pois mostra como o engenheiro de alimentos pode atuar na parte de compras.

Primeiro, quero falar sobre como foi a entrevista em si e depois sobre como são essas vagas. Quando cheguei na Danone já achei tudo lindo. Fui até a recepção e assisti um vídeo que é mostrado à todos os visitantes, o mesmo fala um pouco sobre a Danone e tem como foco principal instruir o visitante sobre a segurança e as normas dentro da fábrica.

Um rapaz, da FZEA, também estava lá para entrevista (é isso aí FZEA). Fomos acompanhados pelo Fernando (que trabalha na Qualidade) até a administração onde seríamos entrevistados. Quando a entrevista dele terminou, lá fui eu, toda nervosa, toda esperançosa.

Fizeram algumas perguntas sobre como foi dinâmica, porque eu achava ter passado e outras do tipo. Aí, começou a parte mais legal: conhecimento das vagas. Dentro do DAL havia a vaga de fomento e a vaga de análise de mercado.

A de fomento está relacionada à fomentação de novos produtores parceiros da Danone, verificação do cumprimento das normas Danone, suporte aos produtores, treinamentos e isso aí. Cada palavra que eles falavam eu pensava, é essa vaga, é essa vaga.

Aí, veio a parte de análise de mercado. Nessa vaga, as principais funções são a busca de informações e dados que podem ser manipulados para previsão e análise do mercado de leite. Até mesmo a influência da safra de soja no preço da ração e por aí vai. A função também tem como objetivo auxiliar o produtor em suas decisões. Tudo, logicamente, objetivando a maior qualidade do leite aliada ao menor preço, pra permitir que a Danone exerça da maneira eficiente, como faz, a liderança no mercado de produtos lácteos frescos.

Já em relação à vaga de análise, eu pensei, é legal(zinho), mas a outra é mais legal. Até que tudo mudou e a confusão começou. À medida que o gerente que trabalha com análise de mercado falava, alguns mitos caiam e a vaga parecia mais e mais legal. Até chegar ao ponto mais confuso pra mim: se eu tivesse que escolher, qual escolheria? Desde ontem tenho pensado nisso e não sei. Eu gostei das duas de um jeito tão intenso que fico incapacitada de dizer, fomento é mais legal ou análise é mais legal.

Pelo menos, acho que eles que decidem. De qualquer maneira, eu estou na expectativa de ser chamada, mas sei que os candidatos que ali estavam são tão competentes quanto eu, senão mais competentes. Porém, não sei se há alguém com mais vontade e, eu voltaria ao texto do Guy Nadivi, “Why you shouldn´t hire a perfect job candidate”, já comentado nesse blog.

Hoje, tenho a entrevista com o RH e meu coração já está na boca novamente. Mas, uma coisa fundamental em tudo isso é a experiência que estou tendo, o aprendizado, a certeza que se eu não passar vou ter um feedback e saber o porquê, e a esperança e fé em Deus, sabendo que se for da vontade Dele, como é da minha, vou passar.

Assim, já podemos ver a atuação do engenheiro de alimentos na compra de leite de uma maneira mais real. É isso aí. Amanhã eu volto falando como foi a entrevista com o RH.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Pra frente ou pra trás? Pra onde o mundo vai? Uma visão do mercado leiteiro norte-americano

Talvez vc pense: o que esse título tem a ver com esse blog? Luiana está luianando. Rsrs. Mas quem dera estivesse eu viajando no título. Essa foi a pergunta que irrompeu quando li um texto publicado essa semana no famoso jornal The New York Times, entitulado Vendas de leite cru podem revigorar as fazendas leiteiras dos EUA (Raw Milk Sales Could Reinvigorate U.S. Dairy Farms).

O texto fala sobre a crise no mercado leiteiro norte-americano, sobre o preço irrisório de $1,11 pago por galão (aproximadamente 4 litros) de leite pasteurizado, o que é 66 cents menos que em julho do ano passado. Até aí nada muito bom e nada muito novo também. O problema surge quando o leite não pasteurizado atinge valores de 5 a 7 dólares o galão
.

Não há intermediários e as pessoas estão dispostas a pagar mais pelo leite cru e produtos relacionados, diz o presidente da Price Foundation (produtos orgânicos e leite não pasteurizado direto ao consumidor). Ainda diz que quanto pior fica a crise leiteira, mais e mais atrativo se torna o leite cru
.

Nos absurdos citados ainda chegam a dizer que a pasteurização mata enzimas e bactérias benéficas que ajudam na digestão, além de diminuir as vitaminas e, que o consumo de leite cru diminui a incidência de cáries, infecções, alergias e asma. Lógico que referências não são citadas. E é óbvio que se compararmos o consumo de leite cru e o não consumo de leite realmente há a diminuição da incidência de cáries
.

Um dos fundamentos do mercado é mostrado na frase de Cristianna Gibbs (esposa de um produtor): “Nós precisamos voltar ao básico. As pessoas querem saber de onde vem sua comida”.


Com certeza queremos saber de onde vem o nosso alimento, mas retroceder com argumentos de que no passado era assim e que a FDA permite a comercialização de queijos maturados feitos com leite cru me deixam inconformada
.

São três páginas e a cada linha meu descrédito só aumentou. Cheguei a cogitar a interpretação do inglês, mas a cada novo argumento essa possibilidade ruía
.

É lógico que os EUA possuem uma automação maior que o Brasil e isso pode até ser demonstrado na ordenha de seus rebanhos, mas nada que garanta a segurança alimentar de um leite não pasteurizado. E friso que isso não tem nada a ver com o consumo do leite tirado da vaquinha no quintal ou no sítio, isso tem a ver com vendas de leite não pasteurizado em mercados e mercearias.


Termino essa indignação dizendo que a frase mais sã que li foi a de John Sheehan (diretor da FDA – divisão de plantas e produtos lácteos) que diz que o leite não pasteurizado não deve ser consumido por ninguém, em nenhum momento por nenhuma razão. Essa frase me fez pensar que cinco anos de engenharia de alimentos não foram em vão. UFA
!